22 de dezembro, 2024
As baixas taxas de juro atualmente oferecidas pelos produtos mais populares de poupança têm levado os investidores particulares a procurar alternativas. Neste artigo falaremos do investimento em fundos de baixo risco.

Riscos ao investir em fundos


A aquisição de unidades de participação em fundos de investimento pode ser uma excelente forma de diversificar o investimento das suas poupanças. No entanto, deverá ter em conta que existe um risco associado que não está presente nos depósitos a prazo até 100 000€: o risco de perda de capital.

Tal como referido acima, o investimento em fundos pressupõe a aquisição de unidades de participação que têm um valor associado. Este, no momento da venda, pode ser mais baixo do que o valor de aquisição, traduzindo-se assim em menos valias para o investidor.

O que muitos investidores particulares não sabem é que existem estratégias simples que permitem diminuir a possibilidade de perda de capital e, assim tornar esta forma de investimento bastante interessante. Veremos abaixo como pode colocar em prática uma estratégia para t rnar este investimento de baixo risco.


Diversificar o investimento

Uma das formas de se proteger de eventuais desvalorizações é construir uma carteira suficientemente diversificada, ou seja, em vez de investir apenas num fundo, investir em vários. Deverá procurar escolher fundos de natureza diferente a nível de classe de ativos e zona geográfica a que dizem respeito. Quanto mais diversificação conseguir, mais seguro estará para cenários de futura instabilidade nos mercados financeiros e, consequentemente, mais baixo é o potencial de incorrer em perdas de capital.

A lógica por trás desta estratégia consiste em assumir que num cenário de crise, a desvalorização de alguns fundos poderá ser compensada pela valorização de outros. Além disso, a volatilidade da sua carteira também verá uma diminuição significativa pois os movimentos de valorização/desvalorização deverão ser suavizados.

Pensar a longo prazo

Outra forma de tornar baixo o risco de investimento em fundos consiste em definir um horizonte temporal mais alargado. Tentar antecipar movimentos de curto prazo ou tirar partido de notícias e eventos, pode revelar-se trágico para os seus investimentos. Mesmo para profissionais com acesso a mais recursos e informação, o trading de curto prazo é bastante complexo. Para um investidor particular com um nível de recursos baixo, as estatísticas indicam que apenas uma parte muito pequena consegue consistentemente obter ganhos com tradings de horizonte temporal curto. Por outro lado, ao dispor de um horizonte de investimento superior, certos acontecimentos temporários (p.e. crises económicas) poderão ficar mais diluídos ao longo do tempo. Adicionalmente, mesmo que tenha tido um mau ponto de entrada (p.e. ter investido no topo de um bull market), este acabará por perder importância.


Escolha alguns fundos de menor risco e volatilidade

O último aspeto que está ao seu alcance e que permite diminuir o risco associado a este tipo de investimento, consiste em incluir na sua carteira uma boa parte de fundos de baixo risco e volatilidade. Exemplos destes fundos são os fundos de obrigações. Enquanto num fundo de ações as rentabilidades esperadas são mais elevadas, num fundo de obrigações estas são tendencialmente mais reduzidas. A grande vantagem é que os últimos, em cenários de crise, também não têm movimentos de descida demasiado fortes, contribuindo assim para um equilíbrio ao serem introduzidos numa carteira com fundos de ações.

A proporção entre fundos de investimento de ações e obrigações costuma ser uma das formas de ajustar o risco e volatilidade de uma carteira, de acordo com o perfil de cada investidor. Por exemplo, um investidor com menos apetência para o risco e com mais idade pode optar por uma proporção de 80/20, sendo 80% correspondente a obrigações e 20% a ações. Por outro lado, um investidor jovem com mais apetência ao risco, poderá adotar uma estratégia de 50/50 dividindo o seu investimento em igual proporção entre fundos de obrigações e fundos de ações.


Como começar a investir em fundos

Para iniciar o seu investimento em fundos deverá abrir conta num banco de investimento. Depois disso poderá adquirir unidades de participação de fundos, à semelhança da constituição de um depósito num banco tradicional. A maioria dos bancos já permitem que esta operação seja efetuada online.

Em Portugal, a Optimize é um exemplo de instituição financeira que disponibiliza o investimento em fundos. Comercializa fundos de diversas categorias de ativos e zonas geográficas o que permite ao Cliente implementar a diversificação referida anteriormente neste artigo. Os fundos disponibilizados por esta instituição foram inclusivamente premiados por entidades nacionais e internacionais, como a, APFIPP, Morning Star ou Rankia.

Conclusão

A implementação de uma estratégia simples no investimento em fundos permite ao investidor tirar partido desta excelente forma de rentabilização das suas poupanças com um baixo nível de risco. Esta estratégia contempla 3 pilares fundamentais. O primeiro é diversificar o investimento, ou seja, investir em fundos referentes a diferentes classes de ativos e diversificados do ponto de vista geográfico. O segundo pilar prende-se com definir um horizonte temporal alargado para o seu investimento. Pense neste, como uminvestimento de longo prazo e não terá de se preocupar com as variações abruptas passageiras que possam ir acontecendo. Por último, junte à sua carteira alguns fundos de baixa volatilidade e risco como fundos de obrigações. Estes, tipicamente contribuem para suavizar movimentos bruscos em alturas de crise nos mercados financeiros.